Nada mais adiantava. Quando se perde o amor pelas coisas pequenas, nada mais resta. Foi então que começou a escrever a carta. Uma carta para aqueles que não estiveram presentes em todos os momentos especiais de sua vida, uma carta para aqueles que justamente por não estarem presentes em momentos tão especias não puderam torná-los especiais. A carta seria breve. Falaria apenas um pouco sobre a angústia e tristeza de sua experiência em vida. Tinha fé que haveria algo melhor à sua espera, tinha de ser melhor, pior seria impossível. Nada pior do que a indiferença, bem, talvez a dor. Sentiria dor? Bebeu. Bebeu um pouco mais. Não, nada de dor. Melhor seria se não tivesse dor, os anos de tristeza já eram dor o suficiente e naquela noite só a felicidade do despertar seria bem vinda. Tinha tempo, muito tempo, ninguém haveria de chegar, ligar ou chamá-la à porta. Foi então que começou a escrever a carta. Uma carta para aqueles que não estiveram presentes em todos os momentos especiais de sua vida, uma carta para aqueles que justamente por não estarem presentes em momentos tão especiais não puderam torná-los especiais ...
Cintia Godoi
21 de fev. de 2010
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