21 de jun. de 2015

Sobre as horas que tem passado

Há o que faz levantar
há o que permite deitar em paz
Gosto dos olhos
Olhos atentos, brilhando
Sorriso contido, depois livre
Aproveito para viver, para receber
Porque há o que viver
é possível sentir
Aproveitar as doçuras que deixam para mim nos cantinhos que chego, que me deixo sentar e ficar

Há as meninices
As boas
As cansativas
O parque
A areia
O balanço
As músicas
Também fazem levantar e deitar com muita vontade de viver

Há o que anda ruim …
Ombros pesados, curvados, chegam, entram e saem.
Mas, quanto fiz para que os ombros não reagissem assim.
Penso que fiz, acho que fiz, acho que fiz ...

E fujo um pouco ...
Não sei se devo ...

Saio, caminho, respiro, não sei por quanto tempo.
Corro para sumir mesmo, abro até os braços, e como é bom.
Com música alta, sentindo minha vida e meu corpo vivendo.

Tudo que penso, é tudo meu, sobre o que quero, espero e vivo.
O que fazer?
Com pesos diversos que me fazem oscilar por todo o dia
que me trazem todos os tipos de pensamento
Tento seguir, decidir

Nos entremeios, oscilo entre pulmão livre e ombros pesados.