Há o que faz levantar
há o que permite deitar em paz
Gosto dos olhos
Olhos atentos, brilhando
Sorriso contido, depois livre
Aproveito para viver, para receber
Porque há o que viver
é possível sentir
Aproveitar as doçuras que deixam para
mim nos cantinhos que chego, que me deixo sentar e ficar
Há as meninices
As boas
As cansativas
O parque
A areia
O balanço
As músicas
Também fazem levantar e deitar com muita
vontade de viver
Há o que anda ruim …
Ombros pesados, curvados, chegam,
entram e saem.
Mas, quanto fiz para que os ombros não
reagissem assim.
Penso que fiz, acho que fiz, acho que
fiz ...
E fujo um pouco ...
Não sei se devo ...
Saio, caminho, respiro, não sei por
quanto tempo.
Corro para sumir mesmo, abro até os
braços, e como é bom.
Com música alta, sentindo minha vida e
meu corpo vivendo.
Tudo que penso, é tudo meu, sobre o
que quero, espero e vivo.
O que fazer?
Com pesos diversos que me fazem oscilar
por todo o dia
que me trazem todos os tipos de pensamento
Tento seguir, decidir
Nos entremeios, oscilo entre pulmão
livre e ombros pesados.