28 de dez. de 2015

Vento no Guapuruvu

















Eu saio para caminhar
Sigo os passos cinzentos
E, onde está você?
Embaixo de mim, as flores amarelas
Uma sombra que era só sua
Grande e forte, como sempre gostei
As flores amarelas se foram
As perdas se ligam
A cada nova perda, as outras ressurgem
Foram algumas, não muitas
E eu ouvi
Chovia muito
Deitada em minha rede
Em casa,
sem energia
Com meu menino junto à mim
Ouvi
Alto
Soube depois que era ele
Tão alto, o som. Tão alto, seu porte.
Contentarei-me em caminhar com outras flores.
Com outras cores, com outro norte.